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Substâncias Indesejáveis da Gasolina

Objetivo

Aumentar o rendimento (Aumentam a eficiência do motor)

Prejudiciais ao meio ambiente

Porque aumentam a emissão de partículas poluentes

Enxofre;

Benzeno;

Chumbo;

Mas então, quais as substâncias indesejáveis da gasolina?

O enxofre , durante a combustão , origina óxidos de enxofre provocando o aumento da poluição atmosférica e, consequentemente, o aumento da acidez das chuvas, o que agrava o efeito de estufa.

O enxofre pode também causar odores desagradáveis na gasolina e 'atacar' os equipamentos de refinação.

O teor máximo deste componente das gasolinas foi reduzido através do Decreto-Lei n 235/2004, de 16 de Dezembro, em 1 de Janeiro de 2005 para 50 ppm, tendo passado para 10 ppm, a partir de 1 de Janeiro de 2009 (medida ditada pelas crescentes preocupações ambientais).

"A presença dos hidrocarbonetos, em especial o benzeno, na vida diária das pessoas que trabalham em postos de combustíveis, inclusive aqueles que estão mais distantes das bombas (pois também podem ser contaminados) preocupa-nos muito e, como liderança sindical, temos feito alertas constantes", comentou Gilson da Silva Sá, presidente do Sinpospetro/MS. 

Segundo o engenheiro de higiene e segurança no trabalho, "muitos autores já estudaram a correlação entre cancro do escroto e cancro da pele, em trabalhadores expostos durante anos a vários agentes contendo hidrocarbonetos. Atualmente já é aceite como principal fonte de agente cancerígeno a presença de hidrocarbonetos na gasolina (usados em concentrações elevadas) na pele de trabalhadores expostos há muitos anos". 

 "Nesses ambientes é possível identificar o contato do trabalhador com os produtos químicos durante a atividade de abastecimento de veículos, lubrificação, manuseio de partes contaminadas do motor para medir níveis de óleo e água, lavagem de veículos e contato com panos contaminados". 

O teor máximo de benzeno nas gasolinas passou a ser de 1% (V/V), a partir de 1 de Janeiro de 2005. O benzeno, para além de prejudicial à saúde humana, é também indesejável para o ambiente.

O chumbo começou a ser adicionado à gasolina para aumentar a capacidade de combustão da gasolina dos motores dos aviões (para que estes conseguissem levantar voo em menos tempo - aumentou-se o índice de octano). Uma vez que, o chumbo conferia à gasolina, uma maior potência e maior economia de combustível, passou a utilizar-se, também, na indústria automóvel.

O chumbo (Pb) é um poluente que geralmente não é medido nas redes de qualidade do ar (em Portugal é feita a sua medição apenas nas estações da cidade do Porto). No entanto, é sabido que as emissões do tráfico automóvel nas áreas urbanas são responsáveis pelo lançamento de elevadas quantidades deste poluente para a atmosfera.

  No entanto, cerca de 90% do chumbo na atmosfera era proveniente dos motores dos carros; o chumbo, ao ser libertado pelos tubos de escape, contaminava o solo, a água e o ar com facilidade.  Assim, com a introdução do chumbo nas gasolinas, os níveis deste metal no ambiente subiram para valores muito elevados.

Nos EUA, a concentração média de chumbo nas atmosferas urbanas diminuiu 78% entre 1986 e 1995 enquanto que as emissões totais de chumbo diminuíram 32%, reduções que, segundo a EPA, foram consequência directa da introdução da gasolina sem chumbo. Para Portugal, embora não existam estimativas consistentes, será de esperar uma diminuição das concentrações de chumbo no ar à medida que o consumo de gasolina sem chumbo se for generalizando.

A exposição ao chumbo é perigosa uma vez que se trata de um poluente acumulável, cuja excessiva exposição pode causar anemia, doenças renais, disfunções reprodutivas, perturbações neurológicas (como atraso mental ou alterações do comportamento). Mesmo em doses relativamente baixas, o chumbo está associado a alterações no desempenho das enzimas, transferência de energia e outros processos bioquímicos do corpo humano sendo as crianças especialmente susceptíveis a doses baixas de chumbo, que frequentemente afectam o seu sistema nervoso central e o normal crescimento. Estudos recentes indicam ainda o chumbo como um factor importante no aumento da tensão arterial e, consequentemente, responsável por doenças cardíacas em homens de meia idade. O chumbo pode ainda contribuir para a osteoporose pós-menopausa.

Assim, devido aos impactes ambientais causados e aos problemas que este poderia causar no organismo humano, o chumbo foi eliminado da composição da gasolina, sendo atualmente uma substância indesejável na gasolina em todo o mundo.

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